Em 1988 foi anunciado o falecimento de Clifford D. Simak. Esse escritor (recebedor de vários prêmios) foi reconhecido por seus pares como um dos melhores escritores de Ficção Científica & Fantasia.
A maior parte da extensa e importante obra de Simak é dedicada a FC (Ficção Científica). Contudo, algumas perolas da literatura fantástica foram deixadas para nós por esse ícone da FC.
Dentre elas, temos O Outro Lado do Tempo (Enchanted Pilgrimage, 1975), um trabalho de fantasia com elementos de FC. Sua trama se desenrola numa Terra paralela — na qual duendes, demônios, feiticeiros e ogros têm existência real — e a humanidade é governada pela Igreja Cristã. Dentre os peregrinos mais notáveis se destacam: um estudioso monástico dotado de uma espada mágica (Lâmina Brilhante); uma jovem cujos pais vieram de uma terceira Terra, que abriga uma civilização não-tecnológica e humanista; um cientista do nosso próprio mundo; um gnomo artífice; um duende bastante ladino; um alienígena recém-nascido e um anão realmente minúsculo. A expedição é realizada no interior daquilo que os personagens denominam “Terras Perdidas” e, bastante anomalamente em se tratando de um trabalho de Simak, há quase que um objetivo para cada peregrino: a jovem quer reencontrar seus pais; o gnomo deseja ofertar um machado ancestral aos “Antigos”; o cientista quer explicar a multiplicidade das Terras; ao passo que o duende e o alienígena parecem ser os únicos a ingressar na expedição por mero espírito de aventura.
Os obstáculos são numerosos e muito mais típicos dos textos de fantasia de estirpe tolkieniana do que de trabalhos de FC ortodoxos. Contudo, o final é tipicamente simakiano: todos os peregrinos reunidos em torno de uma mesa, ouvindo as explicações de um filósofo, representante de uma sábia e veneranda civilização alienígena que pretende fundir as culturas das três Terras para criar uma civilização humana adulta. Como também é de praxe, simakianamente falando, pinta um clima romântico entre o estudioso da Terra da Magia e a jovem da Terra Humanística.
Apesar desta obra conter elementos de FC ao contrário de A Irmandade do Talismã (The Fellowship of Talisman, 1978) que é fantasia em estado puro, ela não perde em nada para outras obras do gênero. Simak realmente foi e é um mago do nosso tempo, o que faz da sua assinatura uma garantia de uma boa e empolgante leitura para todos os amantes de Ficção Fantástica.
A maior parte da extensa e importante obra de Simak é dedicada a FC (Ficção Científica). Contudo, algumas perolas da literatura fantástica foram deixadas para nós por esse ícone da FC.
Dentre elas, temos O Outro Lado do Tempo (Enchanted Pilgrimage, 1975), um trabalho de fantasia com elementos de FC. Sua trama se desenrola numa Terra paralela — na qual duendes, demônios, feiticeiros e ogros têm existência real — e a humanidade é governada pela Igreja Cristã. Dentre os peregrinos mais notáveis se destacam: um estudioso monástico dotado de uma espada mágica (Lâmina Brilhante); uma jovem cujos pais vieram de uma terceira Terra, que abriga uma civilização não-tecnológica e humanista; um cientista do nosso próprio mundo; um gnomo artífice; um duende bastante ladino; um alienígena recém-nascido e um anão realmente minúsculo. A expedição é realizada no interior daquilo que os personagens denominam “Terras Perdidas” e, bastante anomalamente em se tratando de um trabalho de Simak, há quase que um objetivo para cada peregrino: a jovem quer reencontrar seus pais; o gnomo deseja ofertar um machado ancestral aos “Antigos”; o cientista quer explicar a multiplicidade das Terras; ao passo que o duende e o alienígena parecem ser os únicos a ingressar na expedição por mero espírito de aventura.
Os obstáculos são numerosos e muito mais típicos dos textos de fantasia de estirpe tolkieniana do que de trabalhos de FC ortodoxos. Contudo, o final é tipicamente simakiano: todos os peregrinos reunidos em torno de uma mesa, ouvindo as explicações de um filósofo, representante de uma sábia e veneranda civilização alienígena que pretende fundir as culturas das três Terras para criar uma civilização humana adulta. Como também é de praxe, simakianamente falando, pinta um clima romântico entre o estudioso da Terra da Magia e a jovem da Terra Humanística.
Apesar desta obra conter elementos de FC ao contrário de A Irmandade do Talismã (The Fellowship of Talisman, 1978) que é fantasia em estado puro, ela não perde em nada para outras obras do gênero. Simak realmente foi e é um mago do nosso tempo, o que faz da sua assinatura uma garantia de uma boa e empolgante leitura para todos os amantes de Ficção Fantástica.
Nota 08
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Referência das imagens:
1- Capa de uma edição americana de "O outro Lado do Tempo".
2- Capa da edição em língua portuguesa (que pode ser encontrado em qualquer boa livraria de sebo).
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